Moita: Ciclovia ou pista de triatlo?

A mesma Câmara que informa no seu boletim municipal nº 64 (de Setembro de 2012) existirem 16 km de percursos pedonais e clicáveis e querer estender o mesmo a 100 Km, falha no cumprimento daquelas que são as condições básicas de segurança e bem-estar que devem estar associadas a uma ciclovia.
Quando observamos a denominada ciclovia da Moita (inicio no cruzamento da Rua Luís de Camões a terminar na Rua Ferreira de Castro), não vemos mais que um trilho – balizado por um sinal vertical, é certo – repleto de buracos e coberto de ervas e terra que nem deixam perceber o suposto sinal informativo que deve estar impresso no solo. Durante os minutos que observámos o local, pudemos perceber que muitos cidadãos utilizam o espaço para praticar jogging, fazer caminhadas ou simplesmente aproveitam e utilizam o espaço como passeio. Aquela que pretende ser “uma aposta da Câmara Municipal na valorização da extensa frente ribeirinha”, como anuncia a edição de 22 de Setembro de 2011 da LUSA, é não mais que uma vereda desbastada por pés e rodas que formam, por si só e sem qualquer segurança, uma passagem precária e pouco digna de prémios ou reconhecimento positivo.

A quantidade não garante a qualidade e, neste caso, de nada serve construir ciclovias que alimentem números ao mesmo tempo, esquecer a sua manutenção e conservação.

 

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