Números avançados pelo PS leva CDU a admitir dívida de 21 milhões de euros
Debate entre candidatos na passada 2ª feira, 16 de Setembro, 21h, no Auditório da Biblioteca Bento de Jesus Caraça, na Moita. Texto retirado da crónica de Helena Correia, jornalista do Diário da Região, uma das entidades que organizou o Debate.
“Números avançados pela oposição levam CDU a admitir dívida de 21 milhões de euros.
Ao contrário do que aconteceu em Alcochete e no Montijo, o debate autárquico na Moita decorreu de forma mais pacífica e cordial. Na noite da última segunda-feira, apesar de alguma agitação nos momentos finais, o público permitiu que o debate decorresse de forma tranquila. O mesmo aconteceu entre os candidatos, existindo apenas algumas interferências curtas que não foram solicitadas pelos moderadores. Francisco Alves Rito, director do DIÁRIO DA REGIÃO, e Pedro Brinca, director do “Setúbal na Rede”, orientaram as entrevistas.
As perguntas foram dirigidas aos candidatos à presidência da Câmara Municipal da Moita: Joaquim Raminhos (BE), João Paulo Gaspar (PSD), João Sacoto Neves (CDS-PP),
Leonel Coelho (PCTP/MRPP), Manuel Borges (PS) e Rui Garcia (CDU). Apesar das divergências na forma de execução, houve consenso em relação às matérias que são vistas
como prioritárias: uma visão estratégica para a captação de empresas e a criação de emprego, um maior aproveitamento da zona ribeirinha e a necessidade urgente
de regeneração urbana. Assuntos menos consensuais foram as taxas de IMI e a forma de apoiar o movimento associativo.
A sessão ficou marcada pelo facto de Rui Garcia, candidato pela CDU e actual vice-presidente da câmara, começar por dizer que não arriscava o valor total do endividamento da autarquia. Depois
de questionado por Francisco Alves Rito, acerca da situação financeira, Rui Garcia referiu: “A nossa dívida de curto prazo é, segundo dados de finais de Julho, 1 milhão e 800 mil euros. A divida a longo prazo, não tenho o número presente, não arrisco porque podia falhar”.
Quando Manuel Borges (eleito na Assembleia Municipal) teve a palavra, avançou que a “dívida de médio e longo prazo estará acima dos 20 milhões para um orçamento anual de 30 milhões”. Quanto a Joaquim Raminhos, vereador actual, falou em 22 milhões de dívida a longo prazo. Minutos depois, e novamente questionado por Francisco Alves Rito, Rui Garcia respondeu que a dívida total é de 21 milhões de ouros.
Além dos seis cabeças-de-lista referidos, vão concorrer ainda mais dois candidatos à presidência da Câmara Municipal da Moita. José Marques da Costa pelo PTP, cujo partido não se mostrou disponível para o debate, e José Carlos Gouveia pelo PAN. Este ainda confirmou a sua presença na iniciativa, mas, por motivos profissionais, não pode estar presente.