Deputados socialistas questionam Ministro do Ambiente sobre esgotos a céu aberto em Alhos Vedros, Moita
Os Deputados do Partido Socialista na Assembleia da República, eleitos pelo círculo de Setúbal, questionaram esta semana o Governo, concretamente o seu Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, sobre várias queixas que têm recebido de moradores de Alhos Vedros, no concelho da Moita, que dão conta da existência de situações de esgoto a céu aberto em várias zonas desta freguesia.
Os parlamentares socialistas Eurídice Pereira, Maria Antónia Almeida Santos, Filipe Pacheco, André Pinotes Batista, Sofia Araújo, Fernando José, Clarisse Campos e Ivan Gonçalves questionaram o Ministro sobre potenciais descargas ilegais que correm para o rio e que têm consequências visíveis na qualidade da água e na vida das populações, não permitindo, por exemplo, a prática de desportos náuticos.
Segundo o Deputado Filipe Pacheco «os relatos que chegaram ao Grupo Parlamentar do PS dão conta de um cheiro intenso a esgoto e presença de lamas na zona da Vala Real, junto ao Largo Descarregador e em Brejos Faria, onde até é referida, pelos populares, a possibilidade de existir escoamento indevido de águas de drenagem doméstica». Os moradores «queixam-se de que estas águas correm para o estuário do Tejo sem passar por qualquer ETAR ou estação de tratamento, prejudicando muito a sua qualidade de vida e o meio ambiente», afirmou Filipe Pacheco.
Nesse sentido, os Deputados pretendem esclarecimentos do Ministério do Ambiente e da Ação Climática sobre se a tutela tem conhecimento, nomeadamente através de queixas ou denuncias, de alguma situação de escoamento indevido de águas de drenagem doméstica, sem tratamento, na freguesia de Alhos Vedros. Solicitam, também, que sejam reportadas quaisquer diligências feitas pelo Ministério ou pelas entidades por si tuteladas e querem saber que impactos ambientais é que poderão estar em causa. Segundo Eurídice Pereira, deputada coordenadora do Grupo de Deputados socialistas do distrito de Setúbal, «a questão dos impactos é fundamental, até no domínio da saúde pública. É importante ficar tudo identificado nomeadamente a nível local».
Esta iniciativa teve a colaboração da estrutura concelhia da Moita do Partido Socialista e de autarcas, em particular de Alhos Vedros.
Alhos Vedros é hoje uma freguesia do concelho da Moita, mas em tempos chegou a ser sede de concelho. O seu território chegou a abranger os atuais concelhos do Barreiro e da Moita, entendendo-se desde a ribeira de Coina a Sarilhos Pequenos. O Rio Tejo foi o embrião da vila de Alhos Vedros e esteve sempre presente na vida das suas populações.
Palácio de São Bento, 5 de março de 2021