ENCONTRO NACIONAL DE SOCIALISTAS NA EDUCAÇÃO

Sábado, 3 de março, participámos no ENCONTRO NACIONAL DE SOCIALISTAS NA EDUCAÇÃO, em Matosinhos.
 
Dia cansativo, pela distância percorrida e não pelos temas debatidos. Este Encontro estava organizado por painéis e pretendia-se que existissem troca de ideias, o que aconteceu, na procura de mudança de paradigma na Educação, com este governo do nosso partido, com o início em setembro passado com a discussão pública do documento “Perfil de Competências do aluno do século XXI”.
De manhã com a presença na mesa da Secretária Geral Adjunta Ana Catarina Mendes, dos Secretários de Estado Alexandra Leitão e João Costa, do Professor Domingos Fernandes e de Rui Teixeira, este último ex representante da Federação de Associações de Estudantes do Ensino Básico e Secundário. De tarde, um painel de reflexão com a presença de Ana Maria Bettencourt, do Conselho Nacional de Educação e de António Leite, Delegado Regional Norte do IEFP. Um painel final, político, tendo na mesa Porfírio Silva, Alexandre Quintanilha, Manuel Pizarro, Luísa Salgueiro e Tiago Brandão Rodrigues.
 
Partilho breves notas soltas:
• No aspeto político regista-se o trabalho já realizado ou em realização: o descongelamento de carreiras dos professores, o reposicionamento dos professores nos escalões até 2023, os manuais gratuitos para os alunos das escolas públicas do primeiro ciclo, a dignificação e reconhecimento dos professores do Ensino Artistico e de Língua Gestual Portuguesa, a clarificação dos contratos de associação com o ensino privado, a integração dos 6800 professores precários no Ministério da Educação, o recenseamento dos professores após sete anos sem dados alguns… Regista-se o que ainda há a fazer: as obras nas infraestruturas, a necessidade de assistentes operacionais e administrativos, a renovação e criação do parque informático e a contratação de psicólogos. Um programa do PS quase, quase cumprido na sua totalidade
• Na reflexão sobre Educação, a necessidade de aliar os cursos profissionais às empresas, a construção de uma rede de escolas profissionais que corresponda às necessidades de desenvolvimento local e/ou regional, a avaliação dos cursos profissionais pela sua capacidade de empregabilidade, a dignificação da Aprendizagem ao Longo da Vida… desafios que se nos colocam para além da escolaridade obrigatória, com uma visão sistémica da necessidade de qualificação, com qualidade, daqueles que se deparam com o emprego ou a procura do mesmo.
• Nas medidas educativas, a implementar no próximo ano letivo e em experiência em cerca de duzentos Agrupamentos de Escolas, que resultam do documento “Perfil de Competências do aluno do século XXI”, mais importante do que vos elencar as ideias-chave do que se refletiu, parece-me importante citar o Professor Domingos Fernandes:
“A Educação do Futuro só pode ser uma Educação em que todos Aprendem com Qualidade. Uma Educação em que se Aprende a Pensar. Uma Educação crítica, que problematiza, associada à transformação e à melhoria da sociedade e da vida. Uma Educação Ética e Democrática! Temos, por isso e para isso, de evoluir para um Currículo que tenha por base a participação e o real envolvimento de professores e alunos e a sua capacidade para o VIVER, para o RECONSTRUIR e para o REINVENTAR, afastando-nos do currículo da mera reprodução de conteúdos em que os professores são uma espécie de “funcionários do currículo” e os alunos meros “recipientes” de uma amálgama curricular pobre e empobrecedora. Um dos maiores obstáculos da Qualidade da Educação são as aulas magistrais e reprodutivas! Assim, a Escola do Futuro tem de se assumir como Centro de Conhecimento e de Inovação com Projetos Inteligentes, capazes de integrar a diversidade de recursos e competências existentes. Uma Escola Inclusiva, Ética e Genuinamente Democrática. Enfim, uma Escola com Docentes e Alunos mais realizados e mais felizes. É esta a nossa causa. É este o nosso desafio.”
 
Assim consigamos resistir às vozes dissonantes que acusam de facilitismo na área da Educação o PS, assim tenhamos a consciência que numa sala de aula já ninguém “dá aulas” porque o conhecimento se encontra ao alcance de todos e os alunos atuais gerem melhor a informática mas nem sempre o acesso ao Conhecimento, assim tenhamos a consciência que a Educação se transmutou em tridimensional onde alunos e professores ocupam a base de um triângulo e ambos pretendem aceder ao Saber Estar, Saber Ser e Saber Fazer.
 
Este o desafio de ser Socialista: olhar e projetar o Futuro com Dignidade
 
 
Educação