Boletim Municipal órgão de mera propaganda da Câmara

Os vereadores do Partido Socialista tomaram conhecimento desta edição no momento em que o Diário da Região lhes colocou estas questões sobre a publicação deste novo Boletim Municipal, para o qual não lhes foi solicitado qualquer contributo ou sequer apresentado em primeira mão, atitude que repudiam. Mais uma vez é possível constatar a insistência do executivo camarário em ostracizar os vereadores que não pertencem ao PCP/CDU.

Se dúvidas houvesse, a inclusão de 17 fotos do presidente da câmara, algumas de grande formato, num total de 16 páginas e a quase total ausência dos restantes vereadores, confirma que este novo modelo continua a ser, não só, um órgão de mera propaganda da Câmara, mas sobretudo do seu presidente, do qual se verifica uma evidente e crescente necessidade de se tornar popular, insistência que tem vindo a público a coberto de “estreitar a proximidade com a população”.

O novo formato do Boletim Municipal, a sua nova periodicidade passando de trimestral para bimensal aumentando assim o número de publicações, bem como a inferior qualidade de papel, são apresentados como uma economia de custos, mas mais não é que uma forma de querer “esconder o sol com a peneira” uma vez que o valor constante do orçamento para este ano é pouco mais baixo que nos anos anteriores, o qual em conjunto com outras edições e publicações, como é o caso da “Agenda de Eventos Maré Cheia”, se aproxima dos 90.000 euros.

Os vereadores do PS entendem que é com mais obra e menos propaganda que se pode retirar o concelho da Moita do último lugar dos rankings de qualidade de vida distrital e do 229º lugar a nível nacional, como ainda a semana passada voltámos a tomar conhecimento através da publicação de mais um estudo realizado por uma entidade independente e divulgado por toda a imprensa.