Por um 1º de Maio de todos
Com o início de Maio celebramos o seu primeiro dia, o 1º de Maio, dia de todos os Trabalhadores. Data que passou a ser livremente celebrada a partir do 25 de Abril e com ele a chegada da democracia e a liberdade.
O 1º de Maio, é uma data que celebra a luta dos trabalhadores na sua plenitude, tendo esta data um valor simbólico imenso, não tem, não pode nunca, ter donos.
Nesse mesmo sentido e vivendo nós num estado de pandemia, qualquer falsa sensação de segurança pode colocar em causa o trabalho e esforço de todos pelo que o PS, BE e a UGT optaram por celebrá-lo em casa. Tal ato apenas dignificou a luta de todos os trabalhadores que com o seu esforço e suor mantiveram, neste período, Portugal estável e seguro. Os trabalhadores do SNS, os trabalhadores da segurança pública, os trabalhadores que mantiveram funções em tele-trabalho e ainda os que estando em lay-off ou tendo mesmo perdido o seu posto de trabalho, cumpriram quarentena.
Foi todo este esforço colocado em causa. Celebrar o 1º de Maio é crucial para uma democracia saudável, tal como as regras da DGS. Com um povo enfermo, não há liberdade e a democracia sai diminuída.
Dado isto, enquanto líder da Juventude Socialista da Moita coloco as seguintes questões: Como pode a Câmara Municipal ceder um autocarro para o transporte de membros dos sindicatos e autarcas da CDU, sabendo que entra em incumprimento com o Plano Municipal de Contingência no qual está previsto ‘’Cancelar todas as utilizações e cedências dos autocarros municipais”? Também no ato de cedência do mesmo equipamento municipal, repito, não respeitando o Plano Municipal de Contingência, porque não foram informados os restantes vereadores?
Reforço, não são as celebrações do 1º de Maio que estão aqui a ser colocadas em causa, pois a luta democrática e pacífica dos trabalhadores faz parte do ADN dos socialistas democráticos.
Contudo, para que a democracia se mantenha saudável não pode existir branqueamento de abusos de poder.
Juventude Socialista da Moita,
Miguel Póvoas