PELA REPOSIÇÃO DA FREQUENCIA DAS CARREIRAS DOS TST

A situação que vivemos obriga a cuidados redobrados de contenção, implementados ao abrigo do Estado de Calamidade, mas também impõe especiais deveres ao serviço público na fase atual de desconfinamento, para que continuem a ser garantidas as respostas às necessidades das populações.
A retoma de rotinas pendulares de deslocação impõe assim uma resposta adequada, regular e fiável do serviço público de transportes.
Todos os munícipes que precisam de recorrer aos serviços dos TST (serviços já pagos pela AML e os municípios bem como pelo OE) estão prejudicados com esta opção da empresa.
No nosso concelho não podemos deixar de mencionar os munícipes de Sarilho Pequenos pelo isolamento a que ficam obrigados com esta opção de supressão de carreiras.
Os TST, como principal operador de transportes públicos do concelho, não pode furtar-se a acompanhar este esforço coletivo das pessoas e das empresas.
Esta posição dos TST, com supressão unilateral das carreiras, é ainda mais lamentável por, no atual quadro, as autarquias terem assumido especiais responsabilidades em matéria de transportes, inclusive financiando o sistema, como acontece com os passes sociais.
Não podemos assim aceitar que, a coberto de uma emergência, uma empresa concessionária do transporte publico de passageiros aproveite para reduzir custos operacionais, invocando uma lógica
de oferta e procura, afastando-se assim dos especiais deveres de serviço público a que está obrigada.
Assim,
A Camara Municipal da Moita, reunida em 9 de junho de 2020, delibera:
• Exigir aos TST o reforço imediato da frequência de carreiras;
• Apelar a que esta empresa, concessionaria do transporte coletivo de passageiros, no quadro da sua obrigação de transportes públicos, perceba as especiais responsabilidades que deve assumir no quadro da crise epidemiológica que atravessamos, e que não oriente a sua atividade por uma lógica de lucro e sim de resposta à população.

Moita, 9 de junho de 2020