8 de março- Dia Internacional da Mulher em contexto de pandemia

Celebrar o Dia da Mulher, é celebrar os direitos que as mulheres conquistaram ao longo dos tempos.
O direito ao voto, o acesso à educação, a igualdade salarial, a proteção em casos de violência física e psicológica, são alguns exemplos de conquistas alcançadas nesta luta da igualdade de direitos.
Desde o início desta pandemia, em março de 2020, que são as mulheres que estão na linha da frente na luta contra a Covid 19, isto porque representam a maior força global de trabalho ao nível da saúde. Embora representem 70% da força do trabalho na saúde, ocupam apenas 25% das posições de liderança.
As mulheres estão a trabalhar longas horas na gestão das consequências da Covid 19, enquanto tentam conciliar este trabalho com as suas responsabilidades para com os filhos e a família. Esta sobrecarga de trabalho, gera elevados níveis de stress na mulher, ao mesmo tempo que reduz o seu tempo livre. A mulher tende a esquecer-se de si própria perante este cenário ao qual tem que responder e não falhar.
Neste contexto de gestão de pandemia, o mundo precisa colocar os olhos no sucesso dos países liderados por mulheres. São países elogiados pela forma como conseguiram controlar a disseminação do coronavírus.
O papel das mulheres neste cenário global tem sido crucial para o sucesso da luta contra esta pandemia mundial.
Alguns dos lugares de chave da saúde, a nível europeu, são ocupados por mulheres.
A italiana Sandra Gallina, a diretora da DG Santé da Comissão Europeia, uma mulher conhecida como forte negociadora, assumiu o cargo em plena pandemia. Tem como missão dirigir as negociações com as farmacêuticas para a aquisição das vacinas para a União europeia.
A primeira mulher a dirigir a Agência Europeia do Medicamento foi a irlandesa Emer Cooke, também ela nomeada em plena crise.
A sua função é dirigir esta instituição que valida o uso de todos os medicamentos da U.E., inclusivé as vacinas contra a Covid 19.
No nosso país, em plena pandemia, destaca-se o nome de uma mulher: Marta Temido, ministra da saúde, a anfitriã das reuniões dos ministros da área dos 27 até final de junho, tempo em que dura a presidência portuguesa da U.E.
Responsável pela pasta da saúde, Marta Temido tem sido um rosto permanente nesta luta contra a Covid 19.
Alvo de muitas críticas, mas também de rasgados elogios na forma como tem conduzido todo este processo, tem sido uma mulher de armas, sempre na frente da batalha, sem medos, sem fugir às suas responsabilidades. Uma mulher persistente que não desiste das suas convicções, sempre com o seu discurso prudente, mas de esperança e otimismo. E muitas vezes, mesmo quando o rosto acusa cansaço, tem sempre um sorriso no final de cada discurso.

Parabéns a todas as mulheres que são acima de tudo, grandes guerreiras, porque queremos ser sempre “Super Mulheres!!!

A Coordenadora das Mulheres Socialistas ID- Moita
Sara Silva