Atentado ambiental na Caldeira e Cais da Moita

Face ao grave atentado ambiental que há alguns meses se verifica na Caldeira e Cais da Moita, resultado de àguas altamente poluídas e contaminadas que ali chegam através do Rio da Moita, vereadores e membros do Partido Socialista na Assembleia Municipal questionaram directamente, no passado mês de Novembro, a Câmara Municipal através do vereador responsável do pelouro numa Sessão de Câmara e antes de uma sessão da Assembleia Municipal. Na ocasião obtiveram como resposta tratar-se de um problema técnico na estação de tratamento de resíduos sólidos da Amarsul, mas que a mesma estaria a ser resolvida o que aconteceria no prazo de 2 a 3 semanas, com o correcto desvio destas água para a estação de tratamento Moita/Barreiro da Simarsul. Passaram mais de 2 meses e o problema persiste, mantendo-se as àguas do Rio da Moita a chegarem negras e mal cheirosas, contaminando a Caldeira da Moita e as àguas do Tejo provocando danos nos recursos vivos e na vida marinha com consequentes riscos para a saúde humana e para o equilibrio ecológico. De realçar ainda o comprometimento dos objectivos que levaram à construção do açude da caldeira da Moita que proporcionaria um espelho de àgua e um lugar aprazível em pleno centro da vila e no qual foram gastos alguns milhões de euros provenientes de fundos comunitários, do Governo Central, da Administração do Porto de Lisboa, bem ainda como do próprio Municipio. Mais se interrogam os Moitenses, de que serve o sacrificio de pagarem mais 48 cêntimos em cada metro cúbico de àgua consumidos para suportar uma Estação de Tratamentos de Àguas Residuais e outras taxas para tratamentos de resíduos sólidos urbanos, para depois serem confrontados com este verdadeiro atentado ao ambiente. Desta forma, tornando-se eco dos protestos da população moitense, o Partido Socialista vem denunciar a atitude deste “ encolher de ombros” do executivo CDU da Câmara Municipal da Moita face a este grave atentado à natureza e ao ambiente, que demonstra que desta forma, e como frequentemente temos vindo a afirmar, infelizmente, na Moita não se vive bem à beira Tejo.