Desinformação durante a Pandemia

Devido ao avanço das tecnologias e ao desenvolvimento de uma sociedade em rede, uma pandemia é igualmente poderosa à elevada desinformação e ao fluxo de informações sobre a mesma, conforme apontou a UNESCO no passado mês de abril. A justificação está nas alterações que a comunicação foi tendo ao longo do tempo. Não somos atomizados enquanto recetores de informação, como éramos antes da internet e dos smartphones, mas enquanto produtores de informação pelas redes sociais, a partir das quais a desinformação foi se propagando mais facilmente. 

A pandemia é um fenómeno mediatizado que se manifesta tanto nos media como na nossa vida, sendo um processo paralelo que ocorre em conjunto. É essencial identificar fontes confiáveis para o consumo de informações online, pois a divulgação de notícias falsas, essencialmente pelas redes sociais, pode ser prejudicial. Estamos, mais do que nunca, a viver a convergência de diferentes esferas, à medida que os domínios da vida cotidiana se misturam sem sair de casa: o trabalho, a família, os amigos, os hábitos culturais, entre outros. As pessoas sentem-se mais cansadas e as notícias falsas interferem no seu ânimo. É necessário ponderarmos as informações que chegam até nós, seguindo fontes seguras, tendo em conta que as quantidades de emoções do momento nos podem influenciar, por todos os papéis estarem a ser misturados simultaneamente através de um ecrã.

Ana Rita Neto.