Intervenção de Luís Chula candidato à presidência da Câmara Municipal na apresentação dos candidatos autárquicos
Caros Munícipes
Em primeiro lugar quero agradecer a todos a v/ presença aqui nesta noite, sinónimo de apoio e confiança na candidatura do PS aos órgãos autárquicos do nosso concelho.
Permitam-me um agradecimento especial e sentido à minha família que ao longo de toda a minha vida tem perdido o meu convívio porque sempre me dediquei mais a estas actividades do que à vida familiar.
Um agradecimento especial ao Carlos Albino e à família dele, por ter a paciência de atender as dezenas de chamadas de telemóvel que trocamos diariamente até longas horas da noite.
À Eurídice pela longa amizade que nos une e pelos seus aconselhamentos, ao dr. Cândido, meu professor primário, por apesar da proveta idade ter aceite ser mandatário desta candidatura, ao Miguel Martins que realizou o vídeo e aos meus companheiros de Bancada na Assembleia Municipal por toda a colaboração e por tão bem aceitarem a minha direção.
Uma referência e um agradecimento ao camarada Eduardo Cabrita que ao não poder estar presente teve a amabilidade de hoje me telefonar a felicitar e a desejar sorte a todos os que nos envolvemos nesta luta.
Meus amigos, meus camaradas: Estou muito feliz por vos ver todos aqui .
Obrigado. É sinal que todos queremos que o Concelho da Moita seja um concelho Melhor.
Quero-vos dizer que me sinto muito honrado e sensibilizado pelo facto de muitos camaradas quando consultados, terem indicado o meu nome no sentido de ser eu a representar o PS nesta candidatura à presidência da Câmara Municipal da Moita e, ainda, pela posterior aprovação na Comissão Politica Concelhia que se manifestou por uma muito expressiva maioria.
Aceitei, depois de muito refletir e de ouvir a minha família e os meus camaradas mais próximos.
Entendo-o, com humildade, como mais um serviço a prestar ao PS e à população do meu concelho.
Procurarei não os desiludir e com a ajuda de todos estou certo que iremos fazer uma grande campanha eleitoral e obter um excelente resultado.
Para me acompanhar nesta tarefa tivemos a preocupação de escolher um conjunto de militantes e independentes com idades e experiências profissionais diversificadas, a maioria dos quais há vários anos me acompanha no combate autárquico que temos travado.
Temos uma árdua tarefa pela nossa frente, um caminho que não será fácil, mas que conseguiremos ultrapassar com sucesso.
E por isso, tenho o prazer de apresentar a minha equipa, começando por ordem inversa:
Na lista de suplentes conto com a colaboração de: Fausto Almeida; Manuel Borges; Ludmila Dinis; Luzia Pedro; Jorge Pedro Castanheira; Manuela Sarraguça; Hugo Borges; Sara Lopes e Alfredo Mansidão.
No plano dos efectivos, os quais convido desde já a subirem ao palco para me acompanharem e também pela ordem inversa de posicionamento:
Isabel Catarino – Professora; António Costa – Técnico de construção civil; Edgar Cantante – Reformado; Cátia Nunes – Psicóloga; Dulce Marques – Advogada; Pedro Aniceto – Gestor de Produto; Filomena Ventura – Professora e Carlos Albino – Engenheiro.
Para todos peço o vosso aplauso.
Meus amigos e meus camaradas:
Para uma grande parte de vós é repetitivo ouvir que estamos cansados de 41 anos de poder local comunista no concelho da Moita, mas essa é a realidade.
41 anos ininterruptos de qualquer poder em maioria absoluta, cansa, cria vícios, petrifica, gera atitudes de “quero posso e mando”, muito longe do exercício do poder democrático, em que as oposições são respeitadas e ouvidas e não apenas consentidas.
Este tipo de poder absolutista corrói a democracia e limita a participação cidadã, forçando os cidadãos a ficarem na penumbra.
Contudo, quem assim exerce essa forma de poder é, na verdade, eleito em eleições livres e democráticas, pese embora no nosso concelho se faça representar por apenas 19% do total dos eleitores.
Quer isto dizer, meus amigos, que perante cerca de 60% de abstenção, o nosso principal adversário não é o PCP/CDU.
O nosso principal adversário é a abstenção.
É por isso que a nossa atenção tem de se centrar no combate à abstenção.
Todos temos de fazer o esforço de convencer os nossos vizinhos, familiares e amigos de como estas eleições são importantes, pois é aqui que se decide o problema da nossa rua, da nossa vila, do nosso concelho.
De nada serve lamentarmo-nos nos cafés se deixarmos a capacidade de escolha e as decisões em mãos alheias.
Para tal apresentaremos um Programa Eleitoral com Projectos e Medidas onde se encontram soluções que respondem às principais preocupações dos munícipes do Concelho da Moita.
Constituímos uma verdadeira alternativa, e lançámos nesta noite, o Programa Eleitoral Participado para o qual convidamos todos vós a comunicarem os vossos contributos, através de ideias, propostas e soluções.
Recebê-las-emos com muito agrado, porque a vossa opinião conta.
As nossas preocupações centram-se em resolver as debilidades do Concelho e os problemas das pessoas.
E são muitos, os quais temos de encarar com optimismo na procura constante de soluções e alternativas, ouvindo todos e falando com todos, com a população e com as associações, com os governos ou as câmaras vizinhas, sejam ou não do nosso partido, numa base de partilha, cooperação e diálogo institucional, sem querer a todo o custo forçar que sejamos nós a ficar com os louros, para mais tarde os usar nas disputas eleitorais.
O importante da nossa função é resolver o problema das pessoas, não são os jogos de gato e de rato, a maior parte das vezes criando desgastes e entropias nas negociações, na certeza de quem fica sempre a perder são as populações.
Não se pode apenas exigir, há também que saber dar.
Temos dito que a candidatura “Por um Concelho MELHOR” quer alavancar o Concelho da Moita no contexto da Península de Setúbal e da Área Metropolitana de Lisboa.
Não se tratam de chavões eleitoralistas.
Na nossa prática autárquica corrente temos sempre apresentado propostas e recomendações que contribuiriam para o desenvolvimento e para que o concelho se tornasse mais atractivo para novos habitantes e empresas.
Não é só agora que dizemos que o Município deve devolver parte do IRS que cada um de nós desembolsa. Não é só agora que demonstramos a necessidade de um Orçamento Participativo recolhendo, sem artifícios, as propostas das populações e o veredito da sua votação. Não é só agora que vimos propor um Provedor do Munícipe.
Todos os anos temos proposto em sede de Orçamento que se deve baixar o IMI e a Derrama e devolver aos munícipes parte dos 5% do nosso IRS que o governo transfere para os municípios. São apenas os municípios que o podem decidir.
Há muitos concelhos em que tal acontece, mas aqui no Distrito de Setúbal só 3 o fazem: Montijo, Sines e Alcácer do Sal. Não por acaso os 2 primeiros têm gestão socialista e o último pratica-o por herança da então gestão socialista.
Temos dito que a candidatura “Por um Concelho MELHOR” quer potenciar a vasta frente dos 20 quilómetros ribeirinhos colocando o rio para fruição e lazer, ao mesmo tempo que se criem oportunidades à promoção turística, se cuidem, se iluminem e se construam novas ciclovias.
Por outro lado, o nosso município tem uma centralidade face à capital como nenhum outro da Península de Setúbal, uma vez que é equidistante por qualquer das 2 pontes, a que se juntam acessibilidades de excelência e no entanto os nossos parques industriais estão vazios.
Há que fazer a promoção do concelho em feiras e eventos e criar atratividade.
Os nossos largos e praças precisam de cor e alegria. A limpeza dos espaços públicos e o controle de pragas de baratas e de pombos é uma questão de saúde pública que urge resolver e que tanto temos reclamado.
Temos vindo a criar novas ideias suportadas em projectos que trarão desenvolvimento, mais habitantes, mais empresas, mais qualificação para os nossos jovens e mais emprego local, criando gosto em trabalhar e viver neste concelho. Um concelho Melhor.
Do ponto de vista social há faixas de habitantes com grandes vulnerabilidades que têm de ser colmatadas e dói ouvirmos que há alunos que chegam às escolas com fome. Aí recebem apoio, mas como será nas férias que se aproximam?
A sangria dos nossos estudantes para o concelho vizinho, associado aos fracos resultados escolares força a uma profunda reflexão no sentido de inverter este caminho. Somos o concelho da Península que tem menos alunos universitários. O conhecimento é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento dos territórios e a ausência de massa critica faz-se sentir de forma atroz, transversalmente a todo o concelho.
Reservo as últimas palavras para os trabalhadores municipais.
Meus caros:
Nós sabemos que a formação profissional não chega a todos. Sabemos a sobrecarga de trabalho que existe em muitas funções.
Sabemos que a organização dos serviços tem muito para melhorar e que são alvo de criticas por razões que não dependem de vós.
Queremos que saibam que podem contar connosco e que têm o nosso maior respeito.
Todos nós somos ou fomos trabalhadores e conhecemos bem o mundo do trabalho.
Peço que se juntem a nós a Eurídice Pereira candidata à presidência da Assembleia Municipal e os cabeça de Lista às Assembleias de Freguesia: Mónica Fernandes por Alhos Vedros; Daniel Justo pela Baixa da Banheira e Vale da Amoreira; Fabrício Pereira pela Moita e Marta Jobling pelo Gaio, Rosário e Sarilhos Pequenos.
Caros amigos e camaradas:
Nada se faz sem trabalho e dedicação. Nada se faz sem paixão;
A politica é feita de lutas, mas essencialmente de afectos.
Precisamos da vossa paixão pelo nosso projecto de querer um concelho da Moita Melhor.
Precisamos que a vossa força e alegria se junte à nossa.
Precisamos que acreditem que o futuro só se constrói com esperança.
A Esperança num Concelho Melhor. Com Transparência, entrega e Confiança.
Muito obrigado a todos.
Viva o PS
Viva o concelho da Moita