Devido ao excesso de cloro na água de uso domestico dois munícipes querem que a Câmara lhes pague taxas de saúde
Artigo do Diário da Região [07-03-2014]:Devido ao excesso de cloro na água de uso domestico dois munícipes querem que a Câmara lhes pague taxas de saúde
Segundo Miguel Canudo, vereador na Câmara Municipal da Moita, o excesso de cloro que se verificou na água de abastecimento público, no final de Fevereiro, em Alhos Vedros, Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, originou reclamações de duas pessoas que foram consulta¬das em unidades de saúde. Em duas reclamações, “foi registado um mau estar e sabor na garganta, mas que não teve mais influências”, disse o vereador, publicamente. Já a Juventude Socialista da Moita, em comunicado emitido esta semana, fala em milhares de pessoas prejudicadas.
Em relação ás reclamações, um dos munícipes solicita que a Câmara Municipal da Moita pague a taxa moderadora e outro, para além dessa taxa, reivindica o pagamento do valor do medicamento. Houve ainda uma terceira queixa, esta relacionada com roupa que ficou manchada, depois de lavada na máquina.
Segundo ainda palavras de Miguel Canudo, transmitidas na última Assembleia Municipal da Moita, a 28 de Fevereiro, o aumento de cloro, verificado no final desse mês, esteve relacionado com um problema no equipamento doseador nas condutas da Central de Água da Vinha das Pedras, onde o reservatório chegou a ser limpo e esvaziado.
A primeira vez que se verificou valores acima dos normais foi no dia 21 de Fevereiro e, mais tarde, na semana seguinte. Segundo também Miguel Canudo, os valores costumam ser registados entre 0,4 e 0,6, mas, a 21 de Fevereiro, a percentagem de cloro encontrada na água registava 1,8, situação que foi comunicada às autoridades de saúde.
Entretanto, a autarquia divulgou um esclarecimento, no seu sítio da internet, a indicar que “a rede de abastecimento público de água às freguesias do Vale da Amoreira, Baixa da Banheira e Alhos Vedros registou um aumento (de cloro), embora sem qualquer perigo para a saúde pública, conforme demonstrado pelas análises
efectuadas de imediato”. Esse esclarecimento é público, mas Carlos Albino, eleito pelo PS, interrogou a Câmara sobre a situação, na Assembleia Municipal da Moita, daí a explicação dada por Miguel Canudo. Entretanto, o Secretariado da Juventude Socialista da Moita, coordenado por Carlos Albino, divulgou, esta semana, um comunicado em que refere que a degradação da qualidade da água “causou danos/prejuízos materiais e afectou milhares de pessoas, originando a entrada de alguns destes cidadãos no hospital com sintomas vários, nomeadamente com problemas de estômago e ardor na garganta. Também as crianças foram afectadas, algumas crianças foram mandadas para casa, mal dispostas, por ingerirem a água nos estabelecimentos de ensino”.