PS vota contra contra as Grandes Opções do Plano e Orçamento 2019 na Assembleia Municipal
O Grupo Municipal do Partido Socialista na Assembleia Municipal, vota contra as Grandes Opções do Plano e Orçamento 2019.
“Declaração de Voto Grandes Opções do Plano e Orçamento 2019
O Grupo Municipal do Partido Socialista votou contra as Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2019.
Há um ano atrás, o Partido Socialista deixou um sinal claro de disponibilidade para construir um novo caminho para o nosso concelho. Essa postura construtiva que assumimos teve expressão nas propostas e recomendações que apresentámos, cumprindo o mandato que nos foi confiado pelos munícipes.
Também, nesse momento, afirmámos que a situação emergente das eleições autárquicas de 2017 “exigia uma autoavaliação e daí retirar consequências de governação que fossem para além de encontrar no PSD a muleta”.
As Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2019 que nos foram ora e aqui presentes deixam um sinal por demais evidente de indisponibilidade em alterar-se a trajetória que levou o concelho da Moita a uma cristalização da estagnação. De facto, num documento muito similar ao do ano passado – que já era similar ao do ano anterior -, a CDU concretiza a sua falta de vontade política para responder à estagnação do Concelho que se vem arrastando e que é evidente em vários indicadores como o de ser um mau concelho para viver visitar ou para fazer negócios, na região de Lisboa,; ou por o poder de compra dos habitantes do concelho da Moita ser o mais baixo da área metropolitana de Lisboa; ou continuar a evidenciar o desinteresse pelo nosso território onde se regista no relatório de maio de 2018 do INE o menor valor por metro quadro no mercado de transações de imóveis destinados à habitação. Ou, e muito preocupante, os ténues resultados de sucesso em percursos escolares, particularmente se longos, o que dá bem a ideia de como a CDU não tem sido um estimulo à construção de um espaço de vida exigente e motivador.
Os indicadores são claros e motivo para procurar novas respostas. Em vez disso o que estas Grandes Opções do Plano e Orçamento espelham é uma política de nivelamento por baixo de metas de desenvolvimento e progresso no concelho da Moita e uma contínua desresponsabilização, aliás em perfeita consonância com uma visão limitativa do Concelho. Os indicadores negativos de desenvolvimento não são inevitáveis, mas são isso sim indissociáveis das opções políticas que têm sido tomadas pela CDU, agora respaldadas pelo PSD.
Num documento que continua a não ir para além da gestão corrente, voltamos a não encontrar uma estratégia de desenvolvimento para aquele que é um dos Concelhos mais populosos do distrito de Setúbal. Não encontramos soluções inovadoras e criativas, na atração de investimento, na criação de emprego, na participação dos cidadãos, no ambiente, na higiene urbana. Enfim, não encontramos soluções para a construção de um concelho distintivo. A falta de respostas concretizadoras de um verdadeiro projeto de desenvolvimento para o concelho é, mais uma vez, a marca indelével dos documentos trazidos a análise e votação.
Cada vez nos convencemos mais de que, se é certo que os governantes da CDU, deste município, não demonstram capacidade politica para traçar um novo caminho, de progresso, não é menos verdade que não há o mínimo esforço em tentar. Aliás, onde têm sido ‘capazes’ é, ao longo do tempo, em criar desinteresse e afastamento por parte da população, em relação às opções concelhias, e com isso manter o poder, agora relativo, mas segurado pela direita, através de uma faixa pouco expressiva da população a quem convenceram que o pouco é bastante.
Porque não nos conformamos com um conjunto de escolhas que não valorizam o Concelho e que não servem condignamente a população, e particularmente porque não nos conformados com a falta de escolhas, votamos contra as propostas das Grandes Opções do Plano e do Orçamento de 2019.
A ‘marca’ CDU é perniciosa ao concelho da Moita. A direita, numa coligação negativa e improvável, permite que continue.
Moita, 7 de dezembro de 2018”